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Dentista: 1° escolha — PF ou PJ?

Índice

Se você é dentista e está começando na profissão — ou mesmo se já atua na área — provavelmente já se perguntou: vale mais a pena atuar como pessoa física (PF) ou pessoa jurídica (PJ)? Essa é uma dúvida muito comum entre os profissionais da saúde, especialmente aqueles que desejam crescer, pagar menos impostos e ter mais autonomia no exercício da profissão.

A escolha entre ser PF ou PJ pode impactar diretamente no seu rendimento mensal, na carga tributária, na organização financeira e até na sua imagem profissional diante de clínicas, convênios, planos odontológicos e pacientes particulares. Isso porque, como PJ, você passa a ter acesso a vantagens tributárias, maior flexibilidade para emitir notas fiscais, formalizar contratos, participar de licitações e ser visto com mais profissionalismo no mercado. Por outro lado, atuar como PF pode parecer mais simples no início, mas tende a ser menos vantajoso à medida que sua demanda aumenta e sua renda cresce.

Como pessoa física, o dentista paga o imposto de renda com base na tabela progressiva da Receita Federal, que pode chegar a alíquotas de até 27,5%, dependendo da sua renda mensal. Já ao abrir um CNPJ e optar por um regime como o Simples Nacional, a alíquota inicial pode ser de aproximadamente 6%, variando conforme o faturamento e a atividade cadastrada no CNAE.

Além disso, como PJ, você pode deduzir despesas operacionais, como aluguel de consultório, materiais, equipamentos e serviços utilizados no dia a dia profissional, o que contribui para reduzir ainda mais o valor final dos tributos.

Neste artigo, vamos te mostrar os principais prós e contras de cada opção, quando vale a pena abrir um CNPJ e como tomar a melhor decisão para o seu caso como dentista. Com as informações certas, você poderá atuar com mais estratégia, segurança jurídica e planejamento financeiro, construindo uma carreira sólida e rentável.

Entendendo as diferenças entre PF e PJ

Antes de tudo, é importante entender o que significa atuar como pessoa física (PF) ou como pessoa jurídica (PJ) na prática.

Pessoa Física (PF)

Quando você atua como dentista na condição de pessoa física (PF), está oferecendo seus serviços em nome próprio, ou seja, com o seu CPF. Nesse formato, toda a sua renda é tributada diretamente com base na tabela progressiva do Imposto de Renda Pessoa Física, que pode chegar a até 27,5% do seu rendimento mensal, dependendo do valor que você recebe. Para o dentista que começa a atender muitos pacientes ou firmar parcerias com clínicas e convênios, essa carga tributária pode comprometer significativamente os lucros.

Desde janeiro de 2025, entrou em vigor a obrigatoriedade da emissão da Receita Saúde, um documento fiscal que deve ser preenchido e enviado para a Receita Federal sempre que houver atendimentos de serviços da área da saúde. Essa receita alimenta diretamente o Carnê-Leão, ferramenta usada para recolher o IR mensalmente. Além disso, os próprios pacientes passaram a exigir esse documento, já que ele é essencial para que possam deduzir os valores pagos com saúde em suas declarações de imposto de renda.

Ou seja, o dentista PF que não emite a Receita Saúde de forma correta pode enfrentar questionamentos, perder pacientes ou até ficar em situação irregular com o Fisco.

Outro ponto importante: como PF, o dentista não pode abater despesas operacionais da base de cálculo do imposto — o que inclui aluguel do consultório, compra de materiais odontológicos, equipamentos ou deslocamentos. Isso eleva ainda mais o valor tributado e diminui sua margem de lucro.

Por fim, atuar como PF também limita oportunidades profissionais, como participar de licitações públicas ou fechar contratos com empresas e planos odontológicos, que geralmente exigem um CNPJ e emissão de nota fiscal.

Pessoa Jurídica (PJ)

Ao atuar como dentista pessoa jurídica (PJ), você cria um CNPJ e passa a emitir notas fiscais como empresa, deixando de atuar exclusivamente com seu CPF. Isso representa uma grande mudança na sua vida profissional, pois permite que o dentista se posicione de forma mais estratégica no mercado. Com o CNPJ, a renda do dentista passa a ser tributada de acordo com um regime empresarial, como o Simples Nacional, que possui alíquotas significativamente menores do que as aplicadas na pessoa física — iniciando em 6%, dependendo da atividade exercida e do faturamento da empresa.

Essa transição traz inúmeras vantagens. O dentista PJ tem maior liberdade para negociar contratos, seja com clínicas, planos odontológicos, convênios ou empresas privadas. Ele também pode emitir notas fiscais para múltiplos clientes, sem limitações burocráticas, o que amplia suas possibilidades de atuação, inclusive em contratos de médio e longo prazo. Além disso, o dentista que atua como PJ pode contratar uma equipe de apoio, alugar um espaço próprio, investir em estrutura e até abrir uma clínica odontológica, criando um modelo de negócio mais robusto e escalável.

Outro benefício importante é a possibilidade de o dentista PJ deduzir despesas operacionais da sua contabilidade, como aluguel do consultório, compra de equipamentos odontológicos, materiais, serviços terceirizados, marketing e transporte. Essas deduções ajudam a reduzir ainda mais a base de cálculo do imposto, garantindo mais rentabilidade para o dentista que já tem uma rotina intensa de atendimentos.

A imagem profissional também muda: o dentista PJ é visto com mais seriedade por empresas, convênios e até por pacientes, especialmente quando atua com contrato, recibo e nota fiscal. A formalização gera mais credibilidade e permite que o profissional cresça com segurança, organização e legalidade.

Portanto, se você é dentista e deseja escalar sua atuação, aumentar seus lucros e se destacar no mercado, abrir um CNPJ pode ser um passo fundamental para dar esse salto.

Por que tantos dentistas estão migrando para PJ?

A principal razão é econômica: atuar como PJ permite reduzir significativamente a carga tributária. Mas não é só isso.

Vantagens de ser PJ

  • Redução de impostos: Alíquotas menores no Simples Nacional (a partir de 6%)
  • Emissão de nota fiscal: Mais profissionalismo e segurança jurídica
  • Acesso a crédito: Pode abrir conta PJ, financiar consultório, investir em estrutura
  • Liberdade contratual: Maior flexibilidade para negociar com clínicas, convênios e empresas
  • Expansão: Possibilidade de contratar funcionários e abrir uma clínica própria

Riscos e desvantagens de ser PF

  • Tributação mais pesada (em média 27,5%)
  • Retenção de IR e INSS na fonte
  • Limitações para emitir documentos fiscais
  • Menor poder de negociação com empresas
  • Dificuldade de crescer e expandir o negócio

Quanto paga de imposto um dentista PF?

Ao atuar como autônomo sem CNPJ, o dentista é tributado na tabela progressiva do Imposto de Renda Pessoa Física.

Além disso, se você recebe através do CPF, pode ter ainda:

  • Retenção de INSS (20%)
  • Retenção de ISS (dependendo do município: 2% a 5%)
  • Dificuldade de deduzir custos operacionais no IR

E quanto paga de imposto um dentista PJ?

Se você atua como PJ, é possível optar pelo Simples Nacional, que oferece um regime tributário simplificado e mais vantajoso para profissionais da saúde.

Qual é o CNAE do dentista?

O CNAE mais adequado para profissionais da odontologia é o 8630-5/04 – Atividades Odontológicas, que contempla tanto cirurgiões-dentistas autônomos quanto clínicas odontológicas formalizadas como pessoa jurídica. Esse código é amplamente utilizado no Brasil por quem deseja atuar dentro da legalidade, com emissão de notas fiscais, registro em órgãos de classe e enquadramento tributário compatível com a realidade da profissão.

Uma das grandes vantagens desse CNAE é a possibilidade de enquadramento no Anexo III do Simples Nacional, um dos mais benéficos para prestadores de serviços da área da saúde. Nesse anexo, a alíquota inicial é de 6% sobre o faturamento bruto mensal, sendo aplicada para empresas que estão no início da operação ou que ainda faturam abaixo dos limites mais altos do Simples. Essa alíquota pode aumentar gradualmente conforme o faturamento acumulado nos últimos 12 meses, mas ainda assim costuma ser mais vantajosa que as opções disponíveis em regimes como o Lucro Presumido.

O CNAE 8630-5/04 também oferece segurança jurídica para a atuação de dentistas e clínicas, pois é totalmente compatível com a regulamentação da profissão. No entanto, o uso desse código exige obrigatoriamente o registro no CRO (Conselho Regional de Odontologia), tanto do profissional quanto da empresa, caso se trate de uma clínica. Esse registro é essencial para garantir a legalidade do exercício da atividade e também para possibilitar a emissão de documentos fiscais válidos para convênios e pacientes que desejam reembolso de planos odontológicos.

Além disso, utilizar o CNAE correto contribui para evitar problemas com a Receita Federal e com o próprio conselho de classe, além de facilitar a obtenção de alvarás e licenças sanitárias, caso a empresa possua sede física.

Portanto, se você é cirurgião-dentista ou está planejando abrir uma clínica, escolher corretamente o CNAE 8630-5/04 é um passo essencial para garantir economia tributária, segurança legal e credibilidade profissional.

Como funciona o Fator R?

Se a empresa mantém gastos com pró-labore ou folha de pagamento em um percentual igual ou superior a 28% do faturamento bruto dos últimos 12 meses, ela permanece no Anexo III do Simples Nacional, onde a alíquota inicial é de 6%. Esse é um dos critérios mais importantes para garantir a manutenção da carga tributária mais baixa possível, especialmente para empresas da área da saúde, como consultórios, clínicas e prestadores de serviço que atuam como pessoa jurídica.

Essa regra é aplicada com base no chamado Fator R, um cálculo previsto no Simples Nacional que determina em qual anexo a empresa deve ser enquadrada — o Anexo III (mais vantajoso) ou o Anexo V (com alíquotas mais altas). O Fator R é obtido dividindo a soma dos gastos com folha de pagamento + pró-labore dos últimos 12 meses pelo faturamento bruto do mesmo período. Se esse índice for igual ou superior a 28%, a empresa se mantém no Anexo III. Caso contrário, ela é migrada automaticamente para o Anexo V, onde as alíquotas iniciais são mais altas, partindo de aproximadamente 15,5%, podendo chegar a mais de 30% com o aumento do faturamento.

Para profissionais como fisioterapeutas, dentistas, médicos e psicólogos, essa regra tem grande impacto, pois define diretamente o valor dos impostos a serem pagos. Por isso, é altamente recomendável fazer um bom planejamento tributário, muitas vezes com o apoio de um contador, para garantir que a empresa se mantenha no Anexo III sempre que possível.

Manter uma boa organização financeira, estabelecer um pró-labore coerente e registrar adequadamente a folha de pagamento são práticas que ajudam o empreendedor a permanecer no regime mais econômico, aumentando a rentabilidade do negócio e garantindo previsibilidade nos tributos.

dentista

Comparativo prático

Dentista PF:

  • Rendimento mensal: R$ 8.000
  • IR: até R$ 864,00
  • INSS: até R$ 1.600
  • Total de tributos: R$ 2.464,00
  • Rendimento líquido: R$ 5.536,00

Dentista PJ:

  • Faturamento: R$ 8.000
  • Simples Nacional: R$ 480,00
  • Pró-labore: R$ 1.518,00
  • INSS: R$ 166,98
  • Rendimento líquido: R$ 7.353,02
  • Economia estimada: R$ 1.817,02 por mês

Quando o dentista deve abrir um CNPJ?

Quando você:

  • Fatura mais de R$ 2.000 por mês
  • Presta serviço para clínicas ou empresas
  • Precisa emitir nota fiscal
  • Deseja crescer e expandir sua atuação

Dentista pode ser MEI?

Não. O exercício da odontologia exige obrigatoriamente formação superior em curso reconhecido pelo MEC e registro ativo no Conselho Regional de Odontologia (CRO). Por esse motivo, a atividade de cirurgião-dentista não pode ser enquadrada como MEI (Microempreendedor Individual). O MEI foi criado para formalizar atividades econômicas de pequeno porte que não exigem qualificação técnica ou regulamentação por conselhos de classe, como costureiras, artesãos, eletricistas, cabeleireiros, vendedores ambulantes, entre outros.

Como a odontologia é uma profissão regulamentada, com exigências legais específicas para sua prática, ela não consta na lista de ocupações permitidas pelo MEI. Isso significa que o cirurgião-dentista que deseja trabalhar de forma legalizada, emitir notas fiscais e contribuir corretamente com os tributos deve optar por outra estrutura empresarial, mais compatível com sua profissão.

A alternativa ideal é abrir uma empresa como LTDA (Sociedade Limitada) ou SLU (Sociedade Limitada Unipessoal). Ambas as modalidades são aceitas no Simples Nacional, o que permite ao profissional pagar menos impostos de maneira simplificada e dentro da legalidade. A SLU, inclusive, é a escolha mais comum entre dentistas que atuam sozinhos, pois permite abrir um CNPJ sem necessidade de sócios, com responsabilidade limitada ao patrimônio da empresa — ou seja, separando os bens pessoais dos riscos do negócio.

Ao formalizar sua atuação como pessoa jurídica, o dentista poderá emitir notas fiscais, firmar contratos com planos odontológicos, clínicas, empresas privadas, além de ter acesso a linhas de crédito empresariais e realizar o recolhimento de impostos com alíquotas mais atrativas, iniciando em 6% no Anexo III do Simples Nacional, conforme o CNAE adequado.

Formalizar corretamente não é apenas uma exigência legal, mas também um passo importante para crescer com segurança e profissionalismo na carreira odontológica.

Benefícios da SLU para dentistas

  • CNPJ com apenas um sócio
  • Emissão de notas fiscais
  • Acesso a crédito
  • Separação de bens pessoais e empresariais
  • Mais segurança jurídica

Documentos para abrir empresa como dentista

  • RG e CPF
  • Comprovante de residência
  • Registro no CRO
  • CNAE definido
  • Endereço fiscal
  • Contrato social ou ato constitutivo (SLU)
  • Registro na Junta Comercial
  • CNPJ
  • Inscrição municipal
  • Alvará da prefeitura
dentista

Vantagens de abrir CNPJ com a Castanha Consultoria

  • Escolha correta do regime tributário
  • Enquadramento no CNAE ideal
  • Emissão de notas com facilidade
  • Gestão completa de pró-labore e Fator R
  • Contabilidade segura e sem burocracia

Dentista PJ pode atuar em domicílio?

Sim! Você pode atender:

  • Em domicílio
  • Em clínicas de terceiros
  • Em coworkings de saúde
  • Online (se permitido pelo CRO)

Você não precisa abrir uma clínica para ser PJ.

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PF ou PJ: qual é melhor para dentistas?

Se você deseja crescer profissionalmente, pagar menos impostos e ser visto com mais profissionalismo no mercado, optar por atuar como PJ (Pessoa Jurídica) é, sem dúvida, a melhor escolha. Muitos profissionais autônomos, especialmente da área da saúde como fisioterapeutas, dentistas, psicólogos e nutricionistas, começam suas carreiras como pessoa física (PF), mas com o aumento da demanda, a formalização como PJ se torna quase uma necessidade — tanto pela economia tributária quanto pela imagem que transmite ao mercado.

Quando você se torna PJ, você passa a contar com uma estrutura mais robusta e estratégica. A formalização com CNPJ permite emitir notas fiscais, algo essencial para trabalhar com empresas, convênios e clínicas. Além disso, abre as portas para a contratação de funcionários, parcerias comerciais e até para a abertura de sua própria clínica ou consultório com total legalidade e profissionalismo.

Outro ponto importante é a redução da carga tributária. Enquanto como pessoa física você pode pagar até 27,5% de Imposto de Renda, como PJ no Simples Nacional, a tributação pode começar em apenas 6%, dependendo do seu faturamento e da sua atividade. Essa diferença gera uma economia real no seu bolso, permitindo reinvestir no seu negócio, melhorar sua estrutura e expandir seus atendimentos.

Além dos benefícios fiscais, ser PJ traz também mais organização financeira, credibilidade diante dos clientes e maior controle sobre o crescimento da sua carreira. Empresas e clínicas tendem a preferir contratar profissionais formalizados, pois isso garante mais segurança jurídica para ambas as partes.

Portanto, se o seu objetivo é profissionalizar sua atuação, ampliar seu alcance, otimizar sua renda e se posicionar como um profissional sério e comprometido, abrir um CNPJ e atuar como PJ é um passo fundamental na construção de uma carreira sólida e de sucesso.

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