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Receita Saúde: nova regra fiscal em 2025

Índice

O que é a Receita Saúde?

A Receita Saúde é uma nova obrigatoriedade fiscal implementada pela Receita Federal do Brasil, com início previsto para janeiro de 2025. Essa medida faz parte de um conjunto de ações que visam modernizar a gestão tributária, aumentar a transparência nas relações entre contribuintes e o Fisco, e combater fraudes fiscais relacionadas às deduções de despesas médicas no Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).

O principal objetivo da Receita Saúde é garantir um controle mais eficiente sobre os valores declarados como gastos com serviços de saúde. Com a obrigatoriedade da emissão de documentos fiscais eletrônicos, a Receita Federal conseguirá cruzar as informações fornecidas pelos pacientes (na declaração do IR) com os dados emitidos pelos profissionais de saúde, evitando inconsistências, declarações falsas ou omissões intencionais de receita.

A nova regra determina que todos os profissionais da área da saúde passem a emitir Recibos Eletrônicos de Saúde. Esses recibos devem ser padronizados, digitais e autenticados, contendo dados específicos sobre cada atendimento. A emissão será feita por meio de sistemas integrados à Receita Federal, e o envio será automático e em tempo real, garantindo o vínculo entre o profissional que prestou o serviço e o paciente atendido.

Esse novo modelo representa um avanço importante na digitalização da contabilidade médica, incentivando práticas mais organizadas, seguras e alinhadas com a legislação fiscal vigente. Além disso, reduz significativamente a possibilidade de autuações, multas e problemas com o Fisco por conta de falhas ou omissões na emissão de comprovantes.

Quem está obrigado a cumprir a nova regra

A obrigatoriedade atinge todos os profissionais da saúde que realizam atendimentos de forma autônoma ou por meio de clínicas e consultórios particulares. Isso inclui tanto os profissionais liberais quanto aqueles que atuam em regime de prestação de serviços a pessoas físicas. A nova regra não faz distinção entre profissionais que atuam individualmente e os que estão vinculados a estabelecimentos de saúde — desde que haja atendimento direto ao paciente e cobrança por serviços prestados.

Entre os profissionais contemplados pela exigência estão:

  • Médicos
  • Dentistas
  • Psicólogos
  • Fisioterapeutas
  • Fonoaudiólogos
  • Terapeutas ocupacionais
  • Enfermeiros
  • Nutricionistas

Além desses, outros profissionais que exercem atividades regulamentadas na área da saúde e que atendem pacientes de forma particular também deverão seguir essa determinação. Isso inclui terapeutas integrativos, acupunturistas e especialistas em áreas como homeopatia e naturopatia, desde que estejam registrados em conselhos ou associações reconhecidas e emitam recibos por seus atendimentos.

Ou seja, qualquer profissional que atue na área da saúde e ofereça serviços a pessoas físicas estará sujeito à obrigatoriedade da emissão dos Recibos Eletrônicos de Saúde. A fiscalização será baseada no CPF do paciente e nas informações enviadas pelo sistema, o que torna fundamental que todos estejam regularizados e preparados para essa nova realidade fiscal.

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Como funcionará a emissão dos recibos eletrônicos

A ideia é que os profissionais da saúde utilizem sistemas digitais homologados pela Receita Federal para gerar os Recibos Eletrônicos de Saúde. Esses sistemas serão desenvolvidos por empresas de tecnologia especializadas em gestão fiscal e deverão seguir critérios técnicos rigorosos, com validações eletrônicas, autenticação segura e comunicação direta com os servidores da Receita.

A plataforma escolhida precisará estar integrada com o ambiente virtual da Receita Federal, permitindo que cada recibo seja transmitido automaticamente, de forma segura, padronizada e em tempo real. Essa integração elimina a necessidade de envio manual de documentos, minimiza erros operacionais e facilita a organização contábil do profissional.

O recibo eletrônico conterá campos obrigatórios com os seguintes dados:

  • Nome completo e CPF do paciente
  • Nome completo e CPF ou CNPJ do profissional ou clínica
  • Descrição detalhada do procedimento ou serviço realizado
  • Valor total cobrado pelo atendimento
  • Forma de pagamento utilizada (espécie, PIX, cartão, transferência, etc.)
  • Data da prestação do serviço

Além disso, o sistema pode incluir campos complementares, como código do procedimento, identificação do local do atendimento e assinatura digital, dependendo da ferramenta utilizada.

Com esse modelo digital, a Receita Federal terá condições de cruzar com precisão os dados declarados no Imposto de Renda pelos contribuintes com os dados fornecidos pelos profissionais. Isso tornará o processo de apuração mais transparente, seguro e justo para ambas as partes. A expectativa é de que a medida reduza significativamente as fraudes fiscais, como recibos falsos ou inflacionados, e aumente a confiança no sistema de dedução de despesas médicas.

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Qual o objetivo da Receita Saúde

A nova exigência tem como meta combater práticas irregulares e inconsistências fiscais que há anos desafiam o controle da Receita Federal, especialmente no que diz respeito às deduções médicas no Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). Diversas irregularidades foram detectadas em declarações de contribuintes, o que motivou a criação de uma estrutura mais rígida, padronizada e tecnológica para garantir a veracidade das informações prestadas.

Entre os principais problemas que a Receita busca eliminar estão:

  • Emissão de recibos falsos, muitas vezes emitidos sem que o atendimento tenha ocorrido de fato, apenas para possibilitar deduções indevidas no Imposto de Renda.
  • Declaração de despesas médicas inexistentes, inseridas com o objetivo de aumentar o valor a restituir ou diminuir o imposto a pagar, gerando prejuízos aos cofres públicos.
  • Omissão de receitas por parte dos profissionais, que não emitem recibos ou emitem em valores menores do que os realmente cobrados, sonegando impostos e dificultando o rastreio financeiro.

Com a padronização, digitalização e envio automático dos recibos, a Receita Federal passa a ter acesso imediato e seguro às informações declaradas, o que aumenta consideravelmente seu poder de fiscalização. Esse novo formato não apenas reduz o espaço para fraudes, como também facilita a cruzamento de dados entre prestadores e pacientes, promovendo justiça tributária e maior transparência.

Além disso, a automatização evita falhas humanas comuns na emissão manual de recibos, como erros de digitação, informações incompletas ou ilegíveis. O novo sistema permitirá identificar com mais eficiência inconsistências entre o que foi declarado e o que efetivamente foi realizado, protegendo tanto o Estado quanto os contribuintes que agem corretamente.e automatização dos recibos, a Receita ganha maior poder de fiscalização, aumentando a eficiência na identificação de inconsistências.

Quais são os impactos para os profissionais da saúde

Para os profissionais da saúde, a mudança representa uma necessidade real de adaptação tecnológica, contábil e organizacional. A implementação da Receita Saúde exige que todos se adequem não apenas aos novos sistemas digitais, mas também às exigências legais e operacionais impostas pela Receita Federal.

Será preciso:

  • Utilizar um sistema de emissão de recibos eletrônicos compatível com os padrões exigidos, garantindo que os documentos sejam gerados de forma automática e enviados corretamente para a Receita.
  • Organizar melhor os registros financeiros, centralizando dados de atendimentos, pagamentos e recibos em um único sistema que possibilite o controle detalhado das informações.
  • Garantir que todos os dados estejam corretos e atualizados, evitando divergências que possam causar autuações fiscais ou descredenciamento junto a convênios e conselhos de classe.
  • Estar em dia com o CPF ou CNPJ, bem como com os cadastros profissionais, pois o cruzamento de informações exigirá que os dados estejam alinhados entre os sistemas da Receita, os conselhos de classe e os próprios softwares utilizados.

Essa transição, embora possa inicialmente ser vista como burocrática, tem como objetivo aumentar a segurança fiscal do profissional e fortalecer a confiança nas relações com os pacientes. A padronização dos processos evita falhas, reduz o risco de multas por erros involuntários e garante que todas as receitas sejam corretamente declaradas.

Além disso, ao manter um histórico digital completo e seguro, o profissional se posiciona de forma mais profissional no mercado, transmite credibilidade e facilita inclusive sua gestão financeira e contábil no dia a dia. Estar em conformidade com a Receita também abre portas para crescer com tranquilidade e sustentabilidade.ga mais burocracia, a iniciativa também promove mais segurança fiscal e transparência nas relações com os pacientes.

Como os pacientes serão afetados

Para os pacientes, a Receita Saúde trará uma série de benefícios, especialmente no que diz respeito à facilidade, agilidade e segurança na declaração das despesas médicas no Imposto de Renda. Com a adoção dos recibos eletrônicos padronizados, todas as informações referentes aos atendimentos realizados serão automaticamente enviadas à Receita Federal, o que permite que os dados sejam pré-preenchidos na declaração do IRPF.

Esse processo reduz significativamente o risco de erros de digitação, omissões ou preenchimento incorreto de valores, além de evitar a necessidade de guardar recibos físicos, que podem se perder, rasurar ou se tornar ilegíveis com o tempo. Para o contribuinte, isso representa uma economia de tempo e um maior controle sobre as despesas dedutíveis.

Além disso, a automatização garante maior validade jurídica das informações, já que os dados estarão vinculados ao CPF do paciente e ao CNPJ ou CPF do profissional ou clínica prestadora do serviço. Dessa forma, o Fisco terá mais confiança na veracidade dos dados apresentados, o que aumenta a probabilidade de aceitação das deduções médicas sem necessidade de comprovação adicional ou apresentação de documentos físicos.

Outro ponto positivo é que os pacientes terão acesso ao histórico digital de seus atendimentos diretamente na plataforma da Receita ou em aplicativos integrados, o que facilita o acompanhamento da saúde financeira e até mesmo o controle pessoal dos gastos com saúde ao longo do tempo.

A Receita Saúde, portanto, não apenas promove mais fiscalização e transparência, mas também proporciona um ambiente mais confiável e eficiente para quem utiliza serviços de saúde e deseja estar em conformidade com a legislação tributária.

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Quando a Receita Saúde entra em vigor

A obrigatoriedade começa a valer em 1º de janeiro de 2025, e marcará um novo momento na relação entre profissionais da saúde, pacientes e a Receita Federal. A partir dessa data, todos os atendimentos realizados por profissionais autônomos ou clínicas particulares deverão ser registrados por meio de recibos eletrônicos padronizados, devidamente emitidos por sistemas homologados e integrados com o ambiente da Receita.

Até lá, a Receita Federal deve divulgar uma lista oficial com os sistemas autorizados, além de um manual de orientações técnicas e operacionais para auxiliar os profissionais na adaptação. Esse manual deverá conter as especificações necessárias para a correta emissão dos recibos, os campos obrigatórios, as regras de validação e os procedimentos para transmissão automática das informações.

Diante desse novo cenário, a recomendação é que os profissionais de saúde comecem a se preparar o quanto antes, a fim de evitar atropelos no início da obrigatoriedade. A antecipação é fundamental para garantir que todas as ferramentas estejam funcionando corretamente e que a rotina de atendimentos não seja prejudicada por falhas técnicas ou desconhecimento das novas regras.

É altamente recomendado buscar apoio contábil especializado, que possa orientar sobre a escolha da melhor plataforma, os ajustes necessários no fluxo de atendimento e a adequação das práticas fiscais à nova realidade. Além disso, os profissionais devem revisar seus cadastros junto aos conselhos de classe, atualizar seus dados junto à Receita Federal e testar o funcionamento dos sistemas escolhidos ainda durante o ano de 2024.

Essa preparação prévia é essencial não apenas para cumprir a obrigação legal, mas também para evitar multas, autuações e problemas futuros com o Fisco. Profissionais que se anteciparem estarão mais seguros, organizados e terão uma transição mais tranquila rumo à nova era da gestão fiscal na saúde.

Quais sistemas serão aceitos

Ainda não há uma lista definitiva dos sistemas aceitos para emissão dos Recibos Eletrônicos de Saúde, mas a expectativa é que muitas das plataformas já utilizadas por profissionais da saúde para emissão de notas fiscais eletrônicas (NF-e) possam ser adaptadas para atender às novas exigências da Receita Federal. Essas plataformas já contam com estrutura para integrar com sistemas governamentais e, com os ajustes necessários, poderão oferecer suporte ao novo modelo fiscal.

A Receita Federal informou que pretende liberar um portal oficial para credenciamento de sistemas emissores, onde constarão os softwares e plataformas que atendem aos requisitos técnicos, legais e de segurança necessários para operar com a Receita Saúde. Esses sistemas deverão passar por processos de homologação, nos quais serão avaliados critérios como:

  • Autenticação segura de usuários, garantindo que apenas profissionais habilitados possam emitir os recibos
  • Proteção de dados sensíveis, respeitando a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)
  • Validade jurídica e integridade dos documentos fiscais emitidos
  • Integração direta com os servidores da Receita Federal, permitindo o envio automático e em tempo real das informações
  • Registro completo de cada atendimento, com campos obrigatórios para identificar tanto o profissional quanto o paciente

Além disso, os sistemas deverão oferecer facilidade de uso e interface amigável, já que muitos profissionais da saúde não têm familiaridade com tecnologias mais complexas. O objetivo é que a transição seja o mais fluida possível, promovendo adesão sem gerar grandes impactos na rotina dos atendimentos.

A orientação é que os profissionais de saúde acompanhem com atenção os canais oficiais da Receita Federal e consultem seus contadores para avaliar quais plataformas estarão aptas para uso. Escolher um sistema confiável e compatível com os novos requisitos será essencial para garantir o cumprimento da nova exigência e evitar transtornos futuros.

O que acontece se o profissional não emitir o recibo

A não emissão dos recibos eletrônicos poderá acarretar:

  • Multas por descumprimento de obrigação acessória
  • Fiscalizações e autuações
  • Impedimento do paciente em declarar a despesa

Por isso, é fundamental que todos os profissionais se adequem o quanto antes para evitar problemas futuros.

Como se preparar para a nova exigência

Aqui estão algumas ações recomendadas para os profissionais de saúde:

  • Contratar um sistema de gestão financeira e fiscal confiável
  • Buscar orientação com um contador especializado
  • Atualizar seus dados cadastrais junto à Receita
  • Fazer testes com a emissão eletrônica ainda em 2024
  • Incluir os novos processos no fluxo de atendimento

Como a contabilidade pode ajudar nesse processo

Contadores desempenham um papel fundamental na adaptação dos profissionais de saúde à Receita Saúde. Eles vão auxiliar com:

  • Escolha do sistema adequado
  • Parametrização dos dados fiscais
  • Emissão e conferência dos recibos
  • Entrega das obrigações acessórias
  • Regularização de pendências

Contar com apoio especializado é a melhor forma de garantir conformidade com a legislação e evitar prejuízos.

Receita Saúde: um novo cenário para a saúde e a contabilidade

Com a Receita Saúde, o relacionamento entre profissionais da saúde, pacientes e a Receita Federal se torna significativamente mais transparente, rastreável e fiscalizável. A digitalização dos recibos e a integração direta com o sistema da Receita representam um avanço importante na modernização da gestão tributária, contribuindo para um ambiente mais ético e organizado no setor da saúde.

A tendência é que esse modelo seja adotado como base para outras iniciativas fiscais, podendo futuramente se expandir para outros setores da economia que também lidam com prestação de serviços a pessoas físicas, como educação, estética, advocacia e terapias integrativas. O objetivo da Receita é construir um sistema unificado de dados que facilite a fiscalização e reduza a evasão fiscal em diversas frentes.

A adesão à nova regra representa uma verdadeira evolução no controle fiscal do país, mas também exige comprometimento, atenção e planejamento estratégico por parte dos profissionais da saúde. É fundamental compreender que não se trata apenas de cumprir uma exigência legal, mas de alcançar um novo patamar de profissionalismo, com processos mais organizados, confiáveis e alinhados com as demandas do futuro.

Quem se adaptar desde cedo terá uma posição de vantagem no mercado, demonstrando responsabilidade, transparência e zelo com seus pacientes e com a legislação brasileira.

A Castanha Consultoria está pronta para ajudar você nesse processo de transição, oferecendo suporte contábil especializado, sistemas integrados e atendimento personalizado.

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